O jornal O Globo publicou nesta terça-feira, 13, sobre um estudo que investigou o poder da Amazônia de se manter de pé mesmo com mudanças climáticas extremas.
Conduzido pela bióloga paraense Deliane Pena, a cientista colheu dados que mostram a resistência da floresta Amazônica por causa de sua biodiversidade.
Para descobrir os diferentes impactos da seca na Floresta, Deliane Deliane precisou ir do chão à "superfície" do oceano de árvores, o alto da copa ou dossel, onde a Floresta Amazônica parece se emendar com o céu.
Para isso, teve que superar o medo de altura, aprender a escalar árvores arranha-céus e a andar sobre elas com desenvoltura, como se fossem o chão da floresta.
O estudo de Deliane, que é apoiado pelo Instituto Serrapilheira, chegou à conclusão que existem pelo menos 16 mil espécies de árvores na Amazônia, que são invisíveis a satélites e modelos matemáticos.
A pesquisa foi publicada na revista Tree Physiology, e mostra que o tamanho das árvores é determinante no impacto da seca e oferecem intormações importantes para desenvolver modelos mais próximos da realidade para projetar o impacto de secas na Amazônia.
O cambará ou quarubarana (Erisma uncinatum) e as outras árvores altas que formam o dossel, todas na faixa dos 30 metros, conseguem se manter verdes e hidratadas porque têm raízes profundas, que chegam a cerca de sete metros de profundidade. Com isso, alcançam reservatórios de água, quando está já desapareceu da superfície.
Já as árvores de altura intermediária, que a ciência chama de dossel intermediário, não possuem raízes tão profundas quanto as gigantes. Por outro lado, também não são tão expostas à inclemência do sol e do vento quanto estas.
A conta da seca é paga justamente pelas espécies menores, do andar de baixo, o chamado sub-bosque. São árvores de até três metros de altura. Elas são poupadas da fúria do sol e do vento. Mas dependem da água superficial, vinda da chuva, quando esta escasseia, essas espécies minguam e sofrem, pois têm raízes rasas.
Créditos da imagem: Agência Brasil.
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