O jornal Folha de S. Paulo publicou nesta terça-feira, 6, sobre a inflação que cresce e afeta a população de Belém. Principalmente, se vê os efeitos da inflação nos setores do turismo, aluguel, alimentos e até materiais de construção.
Os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que Belém tem uma inflação geral mais baixa que o Brasil como um todo, mas itens específicos ligados ao turismo (e potencialmente ao evento na capital paraense) chegam a superar o respectivo indicador nacional em 12 pontos percentuais.
Em 12 meses terminados em março de 2025, o percentual geral do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 4,81% em Belém, contra 5,48% no Brasil. Quando se analisam itens específicos, a ordem se inverte.
Os preços de hospedagem em Belém, por exemplo, subiram 17,37% na cidade-sede da COP30 —enquanto em todo o Brasil avançaram 11,5%. O valor do aluguel residencial subiu 8,43% em Belém —em todo o país cresceu 4,87%.
Os números são acompanhados pelo aumento no fluxo de visitantes. A concessionária do aeroporto de Belém, a NOA (Norte da Amazônia Airports), diz que no primeiro trimestre o movimento de passageiros foi de 946 mil passageiros, 11 mil (ou 1,1%) a mais do que no mesmo período de 2024.
O IPCA mostra ainda que a inflação do tijolo em 12 meses terminados em março chegou a 12,43% em Belém, enquanto em todo o Brasil ficou em 4,55%. O preço do mobiliário subiu 14,26% na capital paraense, enquanto na média nacional o avanço foi de 3,52%.
Um dos motivos do aumento inflacionário é a COP30, que será realizada em novembro. Porém, além disso, pode-se citar as mudanças climáticas, secas e chuvas ao extremos, safras de alimentos em baixa, entre outros fatores apontados pela Folha como motivadores do aumento da inflação em Belém.
Créditos da imagem: Agência Brasil.