O jornal Estadão, em sua versão impressa deste domingo, 5, divulgou que a Reserva Extrativista (Resex) Marinha de Soure, na Ilha do Marajó, passou a integrar a Lista Verde de Áreas Protegidas da União Internacional para Conservação da Natureza em 2024.
A Resex no Pará é a primeira Unidade de Conservação brasileira a entrar na relação, que certifica as melhores práticas globais de gestão e conservação em áreas protegidas, segundo o jornal.
A Resex Marinha de Soure tem grande biodiversidade, e abriga comunidades pesqueiras, promovendo o uso sustentável dos recursos. Entre as diversas espécies que vivem ali, estão os peixes-boi e o caranguejo de mangue.
Com duração de cinco anos, a certificação implica em aproveitar esse período para angariar apoio e divulgar a Resex, bem como o trabalho das comunidades, de modo a consolidar a proteção socioambiental.
O processo de busca pela certificação, segundo o Estadão, levou uma extensa análise da unidade de conservação. A reserva elencou seus instrumentos eficazes de gestão, como o Conselho Deliberativo, com participantes ativos da comunidade local, plano de manejo, projetos de educação ambiental, operações de fiscalização, perfil atualizado das 1.600 famílias beneficiárias, além da sinalização do perímetro da unidade ao longo de 29 mil hectares.
O local que hoje abriga a Resex teve seu processo de reconhecimento como unidade de conservação iniciado em 1997, por meio de uma demanda da Associação dos Caranguejeiros de Soure.
Outro ponto aprimorado foi a divulgação de atividades de turismo comunitário e de ecoturismo.
A expectativa é de que mais parcerias surjam na Reserva, e que outras unidades de conservação no Brasil se sintam motivadas a participar da seleção da lista verde.
Créditos da imagem: ICMBio.