Reportagem redigida por Vinicius Sassine e Lalo de Almeida, da Folha de S. Paulo, expôs a situação agravante na várzea do Rio Amazonas, a 30 minutos de Santarém, no Pará.
De acordo com a Folha, no último dia 11, pescadores da comunidade Igarapé do Costa começaram a notar uma mortandade de peixes que, ao longo dos dias seguintes, ganhou contornos assustadores.
Primeiramente, morreram peixes mais frágeis, como pescada, cujuba e bacuzinho. Depois, peixes com alto valor comercial e bastante consumidos na região, como o surubim. Por fim, os animais mais fortes e resistentes, como a pirapitinga e o gigante pirarucu, símbolo do manejo sustentável na amazônia.
A mortandade se estendeu a outros animais, como jacarés, tartarugas e arraias.
O desastre com a vida subaquática em comunidades que ficam na margem do rio Amazonas, o principal do bioma amazônico, vitimou entre 15 e 20 toneladas de peixe somente na região do Igarapé do Costa, segundo cálculos de pescadores da comunidade.
No Igarapé do Costa, não há mais lago, e o próprio igarapé virou um filete de água. O mesmo ocorreu com outros dois importantes cursos d’água, fundamentais para a subsistência de cerca de 500 famílias de sete comunidades: o igarapé do Pitomba e o canal de Aramanaí.
A mortandade massiva de peixes e outras espécies em um ponto de influência do rio Amazonas ainda não despertou reações por parte dos governos municipais, estadual e federal, disse o jornal.
A reportagem da Folha questionou o governo do Pará e o MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) se tomaram conhecimento da situação e o que foi ou será feito a respeito. Não houve resposta.
Créditos da imagem: SindPesca.
Siga:
YouTube - Podcast D’OAmazônico - Toni Remigio
Fale conosco:
Whatsapp - Telegram: 91 98537-3356
E-mail: contato@oamazonico.com.br
Instagram - @doamazonico
Facebook - O Amazônico Toni Remigio