Em sessão no Senado na tarde desta terça-feira, 28, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deixou o ambiente após discussão com o Senador Plínio Valério.
O líder do PSDB disse que não respeitava a ministra, e Marina disse que só continuaria com um pedido de desculpas, que não aconteceu.
O motivo da discussão foi destaque do jornal O Globo: as obras da BR-319, estrada que liga de Porto Velho a Manaus. São 20 quilômetros de pavimentação, com críticas constantes de ambientalistas.
Por um lado, asfaltar a rodovia pode facilitar a integração da região e questões econômicas. Por outro, pode facilitar o desmatamento e ameaçar a biodiversidade amazônica.
Marina Silva defendeu na sessão a realização de estudos de impacto ambiental e afirmou que há picos de atividade ilegal na região quando o tema da BR-319 volta a ser discutido. A ministra destacou ainda que a questão não foi resolvida durante os 15 anos que ficou fora do governo.
Em julho do ano passado, uma decisão liminar da 7ª Vara Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas suspendeu a licença prévia, concedida no governo Bolsonaro, para a reconstrução e asfaltamento do trecho do meio da estrada. Na época, o advogado do Observatório do Clima, Paulo Busse destacou que o Ibama "vem alertando para os riscos socioambientais do empreendimento".
Créditos da imagem: Agência Brasil.