O jornal The Economist publicou um artigo sobre quais seriam as circunstâncias em uma possível crise do dólar.
Embora seja considerada uma possível crise, desde seu pico em meados de janeiro, o dólar americano caiu mais de 9% em relação a uma cesta de moedas importantes. Dois quintos dessa queda ocorreram desde 1º de abril, mesmo com o rendimento dos títulos de dez anos do Tesouro americano subindo 0,2 ponto porcentual.
Essa combinação de rendimentos em alta e moeda em queda é um sinal de alerta.
A imprudente guerra comercial de Trump elevou as tarifas em quase dez vezes e gerou incerteza econômica. Antes invejada pelo mundo, a economia americana agora está à beira da recessão.
Segundo o The Economist, tudo isso criou um prêmio de risco para os ativos americanos. O mais chocante é que também está fácil imaginar uma crise total no mercado de títulos.
Quando os mercados entraram em colapso durante a crise financeira global e a pandemia, a Casa agiu com firmeza. Mas essas crises exigiam que gastasse, não que impusesse cortes.
Desta vez, o Congresso precisaria cortar os direitos previdenciários e aumentar os impostos rapidamente. Basta conferir a composição do Congresso e da Casa Branca para perceber que os mercados talvez precisassem fazer muita pressão para que enfim o governo chegasse a um consenso sobre o que fazer.
Durante esse momento de hesitação, o choque poderia se espalhar dos títulos do Tesouro americano para o restante do sistema financeiro, provocando calotes e estouros de fundos de hedge. É o tipo de comportamento que se esperaria de um mercado emergente.
O mundo sofreria porque não existe nada igual ao dólar – apenas imitações baratas, segundo o The Economist.
O sistema dólar não é perfeito, mas fornece a base estável sobre a qual se ergue a economia globalizada de hoje. Quando os investidores duvidam da credibilidade dos Estados Unidos, essas fundações correm o risco de ruir.
Créditos da imagem: Agência Brasil.
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